Ex-detentos encontram dificuldades para conseguir emprego, o que torna a ressocialização um desafio ainda maior. Muitos se queixam dos tipos de trabalho oferecidos nas cadeias, já que muitos não os qualificam para o mercado.

Biblioteca do Centro de Progressão Penitenciária de Hortolândia. Foto: Ricardo Gouveia/CBN
Por Ricardo Gouveia
“O castigo físico traz o sentimento de vingança. Uma pessoa que tem o nome na criminalidade não aceita apanhar na cara e ficar por isso mesmo. Então quando o castigo físico vem à tona, com intensidade até, a pessoa não vai pensar em mudança. Vai pensar em vingança.”
A afirmação é de Claudinei da Silva, 34 anos, quase oito deles preso em seis passagens pela cadeia. Ele atribui a ressocialização ao bom tratamento na última unidade por onde passou: o Complexo de Ribeirão das Neves, na Parceria Público-Privada com o governo de Minas Gerais. Ele tinha uma cama só dele e a comida não vinha azeda, nem era devorada por ratos.