Por Luiza Garonce, G1 DF
Obra foi escrita a partir da análise de 8.818 cartas com denúncias e pedidos de ajuda de encarcerados de todo o país em 2016.
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Fotos: Cartas do cárcere/Reprodução
Nos presídios brasileiros, onde a lei nem sempre é aplicada com o rigor do lado de fora, um papel e uma caneta podem ser os únicos instrumentos de tentativa de defesa de quem está privado da liberdade de ir e vir.
Há dois anos, 43% das unidades prisionais para adultos do país remeteram pedidos de ajuda e denúncias de detentos para órgãos públicos – como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Presidência da República e o Ministério Público Federal (MPF).
Todas elas necessariamente passaram pela Ouvidora Nacional dos Serviços Penais, submetida ao Ministério da Justiça e responsável pela triagem e encaminhamento das cartas. Em 2016, chegaram 8.818 manuscritos de presidárias e presidiários de todo o país.