Autor: Michele Castro Caldeira, Maria Ignez Costa Moreira
Resumo: A realidade das medidas socioeducativas é complexa e apresenta inúmeros desafios, especificamente quando se trata do cotidiano vivido pelas adolescentes na medida de privação de liberdade. Isso porque, para além dos atravessamentos de classe, de raça-etnia e de gênero, as meninas que cometeram atos infracionais e estão em internação, vivenciam os efeitos perversos da criminalização e da desigualdade social que marcam, historicamente, suas vidas e subjetividades. Dessa maneira, a proposta desse artigo é apresentar o potencial das metodologias participativas e grupais em termos de contribuição para o trabalho da socioeducação. Essa perspectiva metodológica, nos permite defender que, nos casos da adolescente autora de ato infracional, é possível beneficiar-se da medida socioeducativa, desde que essa seja desenvolvida em um contexto institucional que seja realmente educativo, que cumpra o seu papel de ofertar um atendimento que respeite a condição da jovem como pessoa em desenvolvimento.
Download: PDF